quinta-feira, 24 de março de 2011

Adesivos Permissivos

Adesivos colocados na traseira dos carros com os membros da família notoriamente viraram moda. Quase uma epidemia.

Do pai ao papagaio todos estão expostos. Mãe, filhos e até o peixinho aprisionado no aquário.

Num primeiro momento até simpáticos, esses adesivos confirmam a tendência que as pessoas resolveram definitiva e deliberadamente se expor mais que o normal. Carência afetiva atrelada com a necessidade de ser amado, deixar o anonimato atrás de aprovação, visibilidade ou fama efêmera, seja o que for...na minha opinião esse exibicionismo desenfreado certamente não é nada saudável.

Através dessa exposição gratuita e irracional podemos saber algo sobre quem conduz o carro a sua frente. Mas pra que e para quem essa informação ou exposição estampada no seu veículo pode ser boa ou válida?
Infelizmente apenas para os pobres de espírito e mal intencionados!
Corroborando esse ponto de vista, em matéria veiculada na internet, um Coronel da PM do Estado de São Paulo alerta sobre o perigo dessa exposição nos casos de falso sequestro, na medida que esses adesivos permitem ao golpista ter acesso à informações precisas sobre quais e quantos são os componentes de sua família, além é claro se você possui cachorro, papagaio, periquito...etc.
Tudo bem. Trata-se do extremo. Coisa de filme ou imaginação contaminada pelo sensação de insegurança que vivemos.
No entanto, em um país onde a própria polícia se abstem de suas funções, orientando os cidadãos para que seus filhos (crianças ou adolescentes) não usem celulares, mp3 ou 4, ipods ou coisas do gênero, de forma ostensiva, onde arrastões em restaurantes são a nova tendência delituosa e assaltos ocorrem em pleno centro cirúrgico durante uma operação médica, sem dúvida, podemos esperar tudo.
Portanto, antes de agirmos, segundo as ácidas mas verdadeiras palavras da escritora Lia Luft, "como rebanho" e exibirmos a intimidade de nossa família ou nossos filhos como troféus, é imprescindivel refletirmos se as modas e tendências exibicionistas em voga se fazem realmente necessárias para alcançarmos a tão almejada felicidade.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Assassino de Saudades


A semana e os dias que antecederam o 'delito' transcorreram como friamente planejado, embora a ansiedade fora um elemento de desconforto.

As últimas horas então definitivamente não passavam.

Mas consegui manter o controle na medida certa ainda mais quando consegui duas cumplices pelo caminho (Lê e Marina) e isso sem dúvida fez com que tudo desse certo.

Havia muita gente no local como previsto. Algo que poderia atrapalhar. Entretanto, driblando um a um, logo chegou o momento.

Porém, o inesperado aconteceu. Tomás estava dormindo. Meu desejo de matar a saudade foi temporariamente adiado.

Fui obrigado à esperar. Contive-me.

Já havia matado muitas saudades, mas essa era a primeira entre a gente.

Até que no despertar o sentimento de estar presente me fez estar ao seu lado.

Seus olhos surpresos percorreram cada detalhe do meu rosto em permanente alegria.

A espera realmente valeu à pena.

Foi bom demais matar essa saudade.

Nunca imaginei que sentiria tanta satisfação em uma ação 'delituosa' dessa natureza.

Matei, mato e matarei quantas saudades aparecerem na minha vida.

Tornei-me um assassino confesso de saudades.






sábado, 21 de agosto de 2010

Depois de tanto tempo...


Faz tempo que não escrevo

Motivo?

Vários, porém nenhum que seja suficientemente convincente

Portanto, melhor não me alongar

Passou tanto tempo que o Tomás foi até "catolicamente" batizado

Simples e espontânea pressão aceita em razão da tradição

Inéditas sensações continuam surgindo quase que diariamente

Umas menos e outras mais intensas

Passar um final de semana só foi tranquilo.

Filho com a mãe acompanhados de Vó, madrinha, tios avós e primos...sossego

Mas a primeira noite chegando em casa com meu Sorriso e sem o Tom, parecia que estavámos esquecendo algo

Sei lá....um vazio

Ouvimos por aí que só depois de um tempo que o bebê se percebe indivíduo, ou seja, um ser separado da mãe

Entretanto pra mim Tomás sem a Bia? Como assim???

Exitei e confesso que passei alguns, no mínimo, estranhos minutos e pensei:

"Isso vai se repetir muito ainda. Bia, eu e o Tomás? Não tá? Não chegou?"
"É....nem da Mãe, nem do Pai, nem de ninguém, meu filho é do mundo mesmo"



sexta-feira, 21 de maio de 2010

Bia + Eu = Tomás


18 de maio de 2005, encontro as cegas.
Coração aberto e nada a perder.
Entrosamento total.
Que sorriso!
Novos horizontes os mesmos valores.
Vida renovada.
Quanta alegria.
Depois de 5 anos, o resultado.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

BTB - Big Tomás Brasil 2010



Não sou fã do Big Brother. Pra falar a verdade tenho várias restrições em relação a reality shows.
Nunca consegui acompanhar, mas já assisti episódios esporádicos em momentos de plena abdução televisiva. Ou seja, formei minha convicção com conhecimento de causa e não porque sou 'cult' demais.

É ver para crer. Após cada programa um vazio se instala na mente. Nada se aproveita. A não ser que você queira estudar o comportamento humano em um confinamento voluntário, de vida fácil, exibicionista, onde os candidatos se submetem a situações degradantes em troca de fama efemera.

Enfim, trata-se de mais um instrumento de alienação "global" que a sociedade consome de forma voraz.

Porém, confesso...não resisto ao Big Tomás Brasil 2010.

Através de uma super babá eletrônica acompanho de longe cada suspiro, cada piscar de olhos do Tomás. Mas ao mesmo tempo que me trás um passivo conforto sinto-me um invasor compulsivo.

Por isso não dá pra negar: BTB é praticamente um reality show.

Contudo, com diferenças cruciais.

É exclusivo, não tem merchandising, edição ou reflexões bialdianas exasperadas.

Atrás da lente apenas um pequeno ser, puro, curioso, belo, sensível, gracioso, amado, etc...etc...etc...o que torna esse reality simplesmente imperdível :)

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Jacapóra, Hiporósa, Zulfante, entre outros


Tentar descrever os dois meses de vida do Tomás é tão dificil quanto ordenar a tormenta de sentidos e sentimentos vivenciados nos primeiros dias como Pai.

Tudo é muito bom, novo e também complicado.

Sempre ouvimos que ser Pai é maravilhoso, uma dádiva. Mas só.

As dificuldades raramente são ditas e expressadas de forma direta e honesta.

De árduo, no fim, parece que restam apenas as noites mal dormidas (fantasma que assombra dez entre dez pais de primeira de viagem).

Mas e as outras e reais dificuldades?

A rotina que muda radicalmente, os medos que afloram, os valores que são revistos, a visão crítica do mundo que se intensifica,...para onde vão?

Os dois primeiros meses são incríveis e empolgantes quando as coisas estão sob controle, quando não, sejamos sinceros é desconfortável e angustiante.

Porém, tudo se resolve com paciência, amor e acreditem muita criatividade.

Jacapóra, Hiporósa e Zulfante de simples adereços passaram a ser companheiros inseparáveis. A cada adormecer e a cada despertar estão lá firmes, coloridos e tranquilos, sempre ao alcance do ainda restrito campo de visão, demostrando que nada mudou a sua volta e que os sonhos podem ser retomados sem sustos.

Temos ainda os balões certamente mágicos flutuando pelo quarto, o Piróquio e o Passacú (junção de passáro com baiacú) que vivem ao lado do trocador testemunhando a invejável mira do Tomás.

Sem contar com as composições improvisadas quando se esquece ou realmente não sabemos a letra daquela música que vc não sabe porque motivo lembrou mas serviu para harmonizar o ambiente.

Enfim, exercitamos ambos os lados do cérebro intensamente tornando esses dois últimos (agora quase três) os meses mais incríveis de nossas vidas.

Témas

quinta-feira, 4 de março de 2010

Prazer: Tomás!


"Tô te devendo uma visitinha né?!".
"Olha desculpe ainda não ter ido, mas sei muito bem com são os primeiros dias. Depois com mais calma eu vou!"
"Só ainda não fui ver o bebê porque ainda não é hora. Quando tiver passado alguns meses eu vou viu!?"
"Quando der vou conhecer e levar um presentinho pra ele tá bom!?
Curiosidade. Afeição. Tradição. Satisfação. Dever. Consideração. Educação. Talvez um pouco de tudo, ou nada disso, simplesmente mais um devaneio de Pai para justificar tantas explicações.

Mas, independentemente do que seja, não se preocupem, nem se cobrem, de uma forma ou outra todos o conhecerão e será certamente um enorme prazer!