segunda-feira, 19 de abril de 2010

BTB - Big Tomás Brasil 2010



Não sou fã do Big Brother. Pra falar a verdade tenho várias restrições em relação a reality shows.
Nunca consegui acompanhar, mas já assisti episódios esporádicos em momentos de plena abdução televisiva. Ou seja, formei minha convicção com conhecimento de causa e não porque sou 'cult' demais.

É ver para crer. Após cada programa um vazio se instala na mente. Nada se aproveita. A não ser que você queira estudar o comportamento humano em um confinamento voluntário, de vida fácil, exibicionista, onde os candidatos se submetem a situações degradantes em troca de fama efemera.

Enfim, trata-se de mais um instrumento de alienação "global" que a sociedade consome de forma voraz.

Porém, confesso...não resisto ao Big Tomás Brasil 2010.

Através de uma super babá eletrônica acompanho de longe cada suspiro, cada piscar de olhos do Tomás. Mas ao mesmo tempo que me trás um passivo conforto sinto-me um invasor compulsivo.

Por isso não dá pra negar: BTB é praticamente um reality show.

Contudo, com diferenças cruciais.

É exclusivo, não tem merchandising, edição ou reflexões bialdianas exasperadas.

Atrás da lente apenas um pequeno ser, puro, curioso, belo, sensível, gracioso, amado, etc...etc...etc...o que torna esse reality simplesmente imperdível :)

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Jacapóra, Hiporósa, Zulfante, entre outros


Tentar descrever os dois meses de vida do Tomás é tão dificil quanto ordenar a tormenta de sentidos e sentimentos vivenciados nos primeiros dias como Pai.

Tudo é muito bom, novo e também complicado.

Sempre ouvimos que ser Pai é maravilhoso, uma dádiva. Mas só.

As dificuldades raramente são ditas e expressadas de forma direta e honesta.

De árduo, no fim, parece que restam apenas as noites mal dormidas (fantasma que assombra dez entre dez pais de primeira de viagem).

Mas e as outras e reais dificuldades?

A rotina que muda radicalmente, os medos que afloram, os valores que são revistos, a visão crítica do mundo que se intensifica,...para onde vão?

Os dois primeiros meses são incríveis e empolgantes quando as coisas estão sob controle, quando não, sejamos sinceros é desconfortável e angustiante.

Porém, tudo se resolve com paciência, amor e acreditem muita criatividade.

Jacapóra, Hiporósa e Zulfante de simples adereços passaram a ser companheiros inseparáveis. A cada adormecer e a cada despertar estão lá firmes, coloridos e tranquilos, sempre ao alcance do ainda restrito campo de visão, demostrando que nada mudou a sua volta e que os sonhos podem ser retomados sem sustos.

Temos ainda os balões certamente mágicos flutuando pelo quarto, o Piróquio e o Passacú (junção de passáro com baiacú) que vivem ao lado do trocador testemunhando a invejável mira do Tomás.

Sem contar com as composições improvisadas quando se esquece ou realmente não sabemos a letra daquela música que vc não sabe porque motivo lembrou mas serviu para harmonizar o ambiente.

Enfim, exercitamos ambos os lados do cérebro intensamente tornando esses dois últimos (agora quase três) os meses mais incríveis de nossas vidas.

Témas