quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Assassino de Saudades


A semana e os dias que antecederam o 'delito' transcorreram como friamente planejado, embora a ansiedade fora um elemento de desconforto.

As últimas horas então definitivamente não passavam.

Mas consegui manter o controle na medida certa ainda mais quando consegui duas cumplices pelo caminho (Lê e Marina) e isso sem dúvida fez com que tudo desse certo.

Havia muita gente no local como previsto. Algo que poderia atrapalhar. Entretanto, driblando um a um, logo chegou o momento.

Porém, o inesperado aconteceu. Tomás estava dormindo. Meu desejo de matar a saudade foi temporariamente adiado.

Fui obrigado à esperar. Contive-me.

Já havia matado muitas saudades, mas essa era a primeira entre a gente.

Até que no despertar o sentimento de estar presente me fez estar ao seu lado.

Seus olhos surpresos percorreram cada detalhe do meu rosto em permanente alegria.

A espera realmente valeu à pena.

Foi bom demais matar essa saudade.

Nunca imaginei que sentiria tanta satisfação em uma ação 'delituosa' dessa natureza.

Matei, mato e matarei quantas saudades aparecerem na minha vida.

Tornei-me um assassino confesso de saudades.